ELEIÇÕES E SUAS
FINALIDADES
O Tribunal Superior
Eleitoral, através da sua Presidente Cármen Lúcia, expressa preocupação no
crescente número de abstenções (19,11% dos eleitores não compareceram às urnas
neste segundo turno das eleições municipais) ocorrido nos últimos pleitos
eleitorais.
Ela afirma que o
aumento na abstenção deve ser investigado pela Justiça Eleitoral, "para que se tenha verificação adequada do porque das ocorrências
e, portanto, quais medidas podem ser tomadas".
Em verdade, alguns
fatores podem contribuir para a ausência dos eleitores. A não obrigatoriedade
dos maiores de 70 anos, dos menores de 18 anos. Mas não creio que seja apenas
isso. O comportamento dos políticos e a contrapartida, ou seja, a não execução
das promessas exaltadas em palanques midiáticos pelo saneamento do quadro de
miséria que assola o povo, que, diga-se de passagem, já se tornaram crônicas,
como as precariedades a que está submetida a maioria da população nas questões
da saúde, educação, habitação, segurança pública e outras mais.
A perda de
credibilidade na representação política está se acentuando e com razão.
Corrupção, enriquecimento ilícito de políticos, a desigualdade social estacionária
visível com focos de milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza.
Como exemplo, existe em Fortaleza, capital do Ceará, um milhão de pessoas em
estado de indigência. A seca, ainda é um martírio para o sertanejo cearense. Em
pleno século XXI ainda é utilizado um mecanismo anacrônico de carros-pipas para
matar a sede do agricultor.
Enquanto isso, o
Governo do Estado e Prefeitura priorizam investimentos em construção de Aquário
e Copa do Mundo.
Em verdade, eleições, é
inegável, tem o seu caráter democrático, porém, as suas principais finalidades
se assentam em ter o controle da sociedade, porque o Estado, é bom que se diga,
é um instrumento político de quem domina e numa sociedade capitalista o poder
econômico prevalece. Basta ver que o Parlamento é ocupado em sua maioria por
empresários do campo e da cidade. Segundo, eleições servem para medir, também,
o crescimento político de qualquer partido ou movimento que ouse a contrariar o
status quo.
Por isso, não é de se
estranhar a preocupação da Ministra do TSE ao constatar o crescimento do número
de abstenções.
Augusto, eu penso que o alto índice de abstenções, de votos anulados ou em branco traz uma mensagem clara e conhecida por nós dois: desilusão política, falta de interesse, certeza de que tudo continuará com dantes no quartel de Abrantes! "É ou Noé"? Urge uma reforma política, urge reduzir o número de partidos, urge que se acabe com a propaganda falsamente gratuita na TV e Rádio. Candidato tem é que ir para as ruas, debater com o povo, participar de debates consistentes nos meios de comunicação, cessar o jogo de empurra-empurra, o discurso velho de apontar o que o outro não fez, concentrar-se em ter um programa sólido, viável, eficaz. Bem... você, mais que ninguém, conhece meu parecer, minhas queixas. __ Beijão! Bote esse blog para agitar, queridão. Kathleen (mudei o lay-out do meu site. Passe por lá, me diga de ficou legal ou não.)
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