GELEIA
POLÍTICA
Acompanhando as
eleições deste ano 2012, para prefeito e vereadores em nosso país, pude
constatar que os partidos políticos deixaram de ser partidos, tornaram-se
facções, ou seja, embora com personalidade jurídica, estatutos, mas, na prática,
atuando voltados para defender exclusivamente interesses de cúpula ao invés de
um programa de interesse geral da comunidade, do povo.
Isso é preocupante
porque fragiliza a democracia, a sociedade se descaracteriza como agente
social, ela não é mais ouvida, ficando a sua ação cidadã limitada unicamente ao
ato de votar e em estado de estupidez, silenciosamente, como determina a
Resolução N. 23.370 do Tribunal Superior Eleitoral em seu artigo 49: É
permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silenciosa da
preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada
exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos (Lei nº
9.504/97, art. 39-A, caput).
Torna-se flagrante essa
pasteurização da política, quando vemos o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, membro
do PT, buscando eleger Fernando Haddad, seu candidato a Prefeito da cidade de
São Paulo, aliando-se com o famigerado Paulo Maluf, do PP, tão conhecido da
sociedade brasileira pelas suas práticas nocivas no trato da coisa pública.
Confirmando esse angu
de caroço que se tornou a política brasileira, assistimos aqui em Fortaleza,
capital do Ceará, a disputa em segundo turno, entre o candidato do Governo do
Estado governado pelo Sr. Cid Gomes, Dr. Roberto Cláudio, do PSB, e o candidato
Elmano de Freitas, do PT, apoiado pela Prefeita de Fortaleza, a Sra. Luizianne
Lins(PT).
Até o começo deste ano,
2012, PT e PSB eram aliados. O Governo tinha e ainda tem, três Secretários de
Estado, quadros do PT. A aliança foi rompida e na antevéspera das eleições, o
PT fez um grande comício na Praça do Ferreira, onde o Presidente de Honra do
PT, o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, com suas frases de efeito, “meteu a lenha”
na turma dos “Ferreiras Gomes” que são, pasmem, seus aliados em nível federal. Deduz-se
daí, uma encenação patética de idéias contrariadas para inglês ver.
Agora, o mais
catastrófico quando se fala de política feita com seriedade, foi ver orbitando
em torno do candidato vitorioso, o Dr. Roberto Cláudio (PSB), vinte partidos
políticos, inclusive o PCdoB, que ainda se arvora de esquerda.
Não consigo acreditar
que estes Partidos tenham conteúdos programáticos idênticos que legitimem essa
unidade. Reside aí, flagrantemente, um fisiologismo exacerbado, o oportunismo
descarado, o abrigar-se ao amparo do guarda-chuva estatal, a busca do poder
pelo poder.
E o povo? Ah, o povo? Massa
de manobra.
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